Zürcher Nachrichten - Vítimas da tragédia ambiental de Mariana confiam na Justiça britânica

EUR -
AED 4.256146
AFN 80.057989
ALL 97.672789
AMD 445.108587
ANG 2.073859
AOA 1062.596964
ARS 1462.097459
AUD 1.787792
AWG 2.085796
AZN 1.977758
BAM 1.95624
BBD 2.339826
BDT 140.68161
BGN 1.955381
BHD 0.436821
BIF 3453.375957
BMD 1.158775
BND 1.490935
BOB 8.007868
BRL 6.440013
BSD 1.15887
BTN 99.725268
BWP 15.655653
BYN 3.792452
BYR 22711.997276
BZD 2.327843
CAD 1.593229
CDF 3344.225551
CHF 0.932959
CLF 0.029189
CLP 1120.164988
CNY 8.318839
CNH 8.327812
COP 4649.980161
CRC 584.736434
CUC 1.158775
CUP 30.707547
CVE 110.289782
CZK 24.635411
DJF 206.369042
DKK 7.463023
DOP 69.715665
DZD 151.205353
EGP 57.254053
ERN 17.381631
ETB 160.835827
FJD 2.620572
FKP 0.86308
GBP 0.864186
GEL 3.140395
GGP 0.86308
GHS 12.080819
GIP 0.86308
GMD 82.851757
GNF 10056.259593
GTQ 8.891998
GYD 242.357594
HKD 9.094562
HNL 30.328815
HRK 7.53434
HTG 152.154188
HUF 398.896258
IDR 18922.338302
ILS 3.896006
IMP 0.86308
INR 99.702423
IQD 1518.141119
IRR 48813.412267
ISK 141.810554
JEP 0.86308
JMD 185.781744
JOD 0.821599
JPY 172.089152
KES 149.725146
KGS 101.334949
KHR 4645.083814
KMF 490.451934
KPW 1042.861997
KRW 1613.238448
KWD 0.354203
KYD 0.965725
KZT 618.914408
LAK 24990.830984
LBP 103834.827256
LKR 349.248474
LRD 232.354214
LSL 20.750262
LTL 3.421562
LVL 0.700931
LYD 6.302416
MAD 10.50286
MDL 19.700597
MGA 5181.208905
MKD 61.573835
MMK 2432.240606
MNT 4155.677743
MOP 9.369227
MRU 46.099358
MUR 52.897759
MVR 17.843944
MWK 2009.477532
MXN 21.733122
MYR 4.920739
MZN 74.114674
NAD 20.750262
NGN 1770.875255
NIO 42.649583
NOK 11.956088
NPR 159.558852
NZD 1.955886
OMR 0.4455
PAB 1.15887
PEN 4.111024
PGK 4.869094
PHP 66.332921
PKR 330.159285
PLN 4.254684
PYG 8970.015519
QAR 4.225349
RON 5.073234
RSD 117.155695
RUB 90.441634
RWF 1665.388577
SAR 4.346439
SBD 9.624486
SCR 16.390591
SDG 695.842116
SEK 11.309992
SGD 1.490295
SHP 0.910616
SLE 26.245827
SLL 24298.94472
SOS 662.254521
SRD 42.737906
STD 23984.310626
SVC 10.140278
SYP 15066.220255
SZL 20.746662
THB 37.689217
TJS 11.078833
TMT 4.067302
TND 3.413267
TOP 2.713969
TRY 46.680368
TTD 7.866836
TWD 34.089437
TZS 3024.404171
UAH 48.516301
UGX 4151.932919
USD 1.158775
UYU 46.880534
UZS 14808.327359
VES 135.536162
VND 30313.563711
VUV 138.631072
WST 3.198375
XAF 656.110087
XAG 0.030535
XAU 0.000348
XCD 3.131648
XDR 0.813218
XOF 656.104423
XPF 119.331742
YER 279.670413
ZAR 20.676492
ZMK 10430.367221
ZMW 27.08832
ZWL 373.125197
Vítimas da tragédia ambiental de Mariana confiam na Justiça britânica
Vítimas da tragédia ambiental de Mariana confiam na Justiça britânica / foto: Douglas Magno - AFP/Arquivos

Vítimas da tragédia ambiental de Mariana confiam na Justiça britânica

O julgamento contra a mineradora australiana BHP pelo rompimento da barragem de Fundão, em 2015 no subdistrito de Bento Rodrigues, em Mariana, Minas Gerais, termina na quinta-feira (13) em Londres, e as vítimas estão confiantes na Justiça britânica, que dará seu veredicto em alguns meses.

Tamanho do texto:

"Espero que a Justiça inglesa faça por nós o que a Justiça brasileira não está fazendo. Espero que as empresas responsáveis sejam julgadas culpadas por tudo o que aconteceu e está acontecendo conosco", diz Priscila Monteiro Izabel, que afirma ter perdido o bebê que carregava no desastre.

Em 5 de novembro de 2015, o rompimento da barragem de rejeitos de uma mina de ferro em Bento Rodrigues, subdistrito de Mariana, no estado de Minas Gerais, tirou a vida de 19 pessoas, devastou várias localidades, incluindo comunidades indígenas, e despejou 40 milhões de metros cúbicos de lama tóxica no rio Doce e no oceano Atlântico.

A BHP tinha duas sedes na época dos fatos, uma delas em Londres, o que explica este julgamento civil na capital britânica.

Desde o final de outubro, o Tribunal Superior de Londres realiza audiências para ouvir depoimentos de especialistas e vítimas e determinar a responsabilidade da BHP neste caso.

- Decisão em alguns meses -

A decisão, após esta última semana de conclusões depois de um recesso desde o final de janeiro, é esperada apenas no segundo semestre, com data exata desconhecida.

A barragem de Fundão era operada pela Samarco, empresa de propriedade conjunta da australiana BHP e da brasileira Vale.

"Não há inocência, há ambição. Não foi uma tragédia, foi um crime. Matar pessoas é crime. Aborto forçado é crime. Matar a natureza é crime. Justiça é o que queremos", acrescenta Priscila Monteiro, uma das três vítimas presentes nos últimos dias do julgamento.

A BHP, que afirma que a qualidade da água do rio foi recuperada, reconhece uma "tragédia", mas acredita ter demonstrado, durante o julgamento em Londres, que "priorizou a segurança e agiu com responsabilidade", segundo um porta-voz.

Após o início do processo em Londres, a Justiça brasileira absolveu, em meados de novembro, a Samarco, a Vale e a BHP de qualquer responsabilidade pela tragédia. A decisão do Tribunal Regional Federal (TRF) de Belo Horizonte entendeu que as provas analisadas não eram "determinantes" para estabelecer sua responsabilidade.

Pouco antes, em 25 de outubro, quando o julgamento em Londres havia acabado de começar, o Governo Federal assinou um acordo de indenização com as empresas envolvidas no valor de cerca de R$ 132 bilhões.

- "A nossa única esperança" -

As vítimas esperam mais da Justiça britânica e afirmam que a maioria dos 620.000 demandantes no julgamento de Londres (incluindo 46 municípios brasileiros, empresas e vários povos indígenas) não está coberta por esse acordo no Brasil.

Os advogados dos autores da demanda pedem cerca de 36 bilhões de libras (cerca de R$ 265 bilhões) para as pessoas afetadas pela tragédia.

"A BHP, a Vale e a Samarco sabiam do problema, sabiam o que precisava ser feito e simplesmente não fizeram. Vidas e a minha comunidade poderiam ter sido salvas. Minha vida e minha história poderiam ter sido diferentes", diz Mônica dos Santos, moradora de Bento Rodrigues, em Mariana, que denuncia ter perdido sua casa na tragédia.

"Não teríamos que passar quase 10 anos buscando justiça em outro país. Tenho muita fé de que a Justiça britânica fará a justiça que esperamos há anos. É a nossa única esperança", acrescenta.

Pamela Rayane Fernandes, também moradora de Bento Rodrigues, que perdeu a filha Emanuele Vitoria, de cinco anos, também confia na Justiça britânica.

"Minha filha de cinco anos foi levada por uma empresa gananciosa. Espero sinceramente que a justiça seja feita nos tribunais ingleses. Estou esperando o tribunal me dizer que a BHP e seus parceiros pagarão por tudo o que fizeram conosco", diz ela.

R.Bernasconi--NZN