Zürcher Nachrichten - Assassinato de Malcolm X segue sacudindo os EUA 60 depois

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Assassinato de Malcolm X segue sacudindo os EUA 60 depois
Assassinato de Malcolm X segue sacudindo os EUA 60 depois / foto: - - UPI/AFP/Arquivos

Assassinato de Malcolm X segue sacudindo os EUA 60 depois

O que realmente aconteceu em 21 de fevereiro de 1965, quando Malcolm X, ícone do movimento pelos direitos civis, foi morto a tiros em Nova York? Sessenta anos após seu assassinato, um dos mais notórios da história dos Estados Unidos, sua família ainda está em busca da "verdade".

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Seis décadas após sua morte, a figura nacionalista afro-americana está sendo homenageada nesta sexta-feira (21), especialmente por seu legado de "justiça social", escreve o Shabazz Center, um centro memorial e educacional criado no antigo salão de dança do Harlem, onde ele foi assassinado aos 39 anos de idade, no auge de sua influência e apenas alguns meses após a abolição da segregação racial.

E como a tragédia pode ter ocorrido no meio de uma reunião pública, quando as autoridades estavam cientes das ameaças contra o ativista, porta-voz da Nação do Islã e depois da abolição da discriminação?

Para obter respostas, sua família lançou uma ação civil espetacular em novembro, exigindo 100 milhões de dólares (570 milhões de reais) da polícia e das agências federais que, segundo eles, desempenharam um papel em seu assassinato.

No caso, que será julgado em um tribunal de Manhattan no início de março, a família alega ter novas provas que lhes permitem levar o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD), o FBI e a CIA ao tribunal.

"Esperamos que a tão esperada verdade venha à tona, depois de 60 anos, e que o que aconteceu seja documentado", disse Ilyasah Shabazz, filha de Malcolm X, à AFP.

Seu pai morreu diante dos olhos dela e de sua mãe depois de ser baleado 21 vezes por pistoleiros enquanto discursava para apoiadores da Organização da Unidade Afro-Americana (OAAU).

- "Ordem final" -

De acordo com a ação judicial, a família do líder afro-americano, também conhecido como El-Hajj Malik El-Shabazz, acredita que as agências de aplicação da lei e de inteligência dos EUA afastaram os policiais normalmente designados para protegê-lo na noite da tragédia.

Policiais à paisana também não intervieram no momento do incidente e, desde sua morte, as agências de inteligência têm trabalhado para encobrir suas ações, de acordo com a denúncia.

"Esse encobrimento se arrasta há décadas, privando a família Shabazz da verdade e de seu direito à justiça", disse à AFP Benjamin Crump, que está defendendo o caso em nome das filhas de Malcolm X.

"Estamos fazendo história ao confrontar essas queixas e exigir responsabilidade nos tribunais", disse Crump, especialista em casos de direitos civis.

O caso ressurgiu em 2021, quando dois dos três homens condenados pelo assassinato e que passaram mais de 20 anos atrás das grades foram finalmente liberados, um dos maiores erros judiciários dos Estados Unidos.

Em compensação, os dois afro-americanos receberam 36 milhões de dólares (205 milhões de reais) da cidade e do estado de Nova York.

"Agora sabemos exatamente como o assassinato de Malcolm X ocorreu. Sabemos quem foi o responsável, cinco membros da Nação do Islã. A única coisa que não sabemos é quem deu a ordem", diz Abdur-Rahman Muhammad, historiador e renomado especialista no caso, cujo trabalho ao longo de décadas ajudou a inocentar os dois acusados injustamente.

Em sua opinião, as provas agora apresentadas pela família de Malcolm X "não são muito confiáveis". Mas "se a denúncia possibilitar a determinação de quem deu a ordem final, então ela terá valor", observa.

O historiador acredita que essa enésima reviravolta nos acontecimentos terá, pelo menos, servido para colocar os holofotes de volta no "legado" de Malcolm X, mais importante do que nunca sob o segundo mandato de Donald Trump, o "inimigo implacável" da comunidade negra.

"Isso incentivará os afro-americanos a se unirem", diz o historiador. "Basicamente, a comunidade negra precisa voltar à sua mensagem: lutar".

F.Schneider--NZN