Zürcher Nachrichten - Argentinos lamentam a morte do papa

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Argentinos lamentam a morte do papa
Argentinos lamentam a morte do papa / foto: JUAN MABROMATA - AFP

Argentinos lamentam a morte do papa

Os argentinos lamentaram, nesta segunda-feira (21), na Catedral de Buenos Aires, a partida de seu compatriota e líder espiritual, que os deixou "órfãos" e "sozinhos", ao morrer em Roma.

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Dezenas de fiéis lotaram a igreja onde Jorge Bergoglio foi arcebispo para assistir à primeira missa em sua homenagem após a notícia de sua morte.

Muitos não conseguiram sentar e se ajoelharam no chão durante a homilia, com lágrimas nos olhos, lotando as naves central e laterais.

"É muito difícil porque se foi uma pessoa que cuidava dos pobres e porque ele nos deixou sozinhos. Estará sempre conosco", disse à AFP Juan José Roy, um aposentado de 66 anos.

"A única coisa que me dá paz de espírito é que ele conseguiu se despedir do mundo ontem na Páscoa", acrescentou, antes que as lágrimas sufocassem suas palavras.

Após receber alta em 23 de março, o papa aparentava estar debilitado, mas conseguiu participar das celebrações da Páscoa no domingo.

O Vaticano anunciou nesta segunda-feira sua morte às 7h35, horário da Itália (5h35 GMT, 2h35 em Brasília).

"Morreu o pai de todos", disse o arcebispo Jorge García Cuerva em seu sermão. "O papa dos pobres, dos marginalizados, dos excluídos por muitos, se foi".

Em frente ao átrio, havia flores e uma foto do papa. Os fiéis formaram duas longas filas para receber a comunhão.

A catedral permanecerá aberta até o dia do enterro, cujos detalhes ainda são desconhecidos, explicou o arcebispo. "Quando soubermos mais, convidaremos todos a rezar juntos pelo descanso eterno do papa Francisco", afirmou.

- Luto nacional -

A Argentina fará sete dias de luto pela morte de Francisco.

O presidente, Javier Milei, prestou homenagem àquele que foi seu antagonista e alvo de críticas, escrevendo que "apesar das diferenças que hoje são menores", tê-lo conhecido "em sua bondade e sabedoria foi uma verdadeira honra".

Algumas horas antes da missa, ao amanhecer, Javier Languenari varria as folhas em frente à catedral, ainda fechada.

"Estava por vir, ele estava muito mal de saúde. Aguentou o máximo que pôde. É uma grande tristeza", disse à AFP o gari de 53 anos, balançando a cabeça.

Mostrou uma corrente com uma cruz, que beijou antes de continuar. "Como argentinos, estamos órfãos. Mas, como católicos, sabemos que Jesus Cristo sempre estará lá".

O jesuíta, o primeiro papa latino-americano da história, passou 38 dias hospitalizado com uma pneumonia grave.

Ainda de madrugada, um homem se ajoelhou e acendeu a primeira vela nos degraus da catedral na icônica Praça de Maio, onde Jorge Bergoglio serviu como arcebispo antes de assumir o papado em 2013.

"A mensagem de Francisco sempre foi para nos unir, estender a mão aos mais necessitados, aos aposentados. A vela que acendi é uma homenagem a tudo o que nos ensinou", disse à AFP Agustín Hartridge, um advogado de 41 anos.

Na porta da igreja, uma mulher de 78 anos, segurava uma tigela de plástico para receber esmolas. Chorava inconsolavelmente.

"Eu o vi receber mães de desaparecidos em prantos, o vi se sacrificar nas vilas (bairros pobres). Eu o conheço há 30 anos", disse Graciela Vilamia, referindo-se às Mães da Praça de Maio, que lutam para descobrir o paradeiro dos desaparecidos durante a ditadura argentina (1976-83).

Como líder espiritual, Francisco colocou os excluídos no centro de seu discurso.

Guillermo Sánchez foi um dos primeiros fiéis a chegar à catedral, uma construção neoclássica com um pórtico de 12 colunas que lembra um templo grego.

"Nunca senti nada com os outros papas, mas com este eu senti a dor, e é por isso que estou aqui", disse à AFP o peruano de 47 anos, que mora em Buenos Aires há mais de duas décadas.

"A Argentina teve a sorte de ter o primeiro papa da América Latina. Não acredito que isso vá acontecer novamente."

G.Kuhn--NZN