Zürcher Nachrichten - ONU registra forte apoio à solução de 2 Estados no Oriente Médio em conferência boicotada por EUA e Israel

EUR -
AED 4.275912
AFN 76.945742
ALL 96.507033
AMD 443.502545
ANG 2.084172
AOA 1067.669546
ARS 1669.615862
AUD 1.754156
AWG 2.095752
AZN 1.979584
BAM 1.95493
BBD 2.344656
BDT 142.426589
BGN 1.95493
BHD 0.438905
BIF 3439.568645
BMD 1.164307
BND 1.508029
BOB 8.044418
BRL 6.33336
BSD 1.164082
BTN 104.665401
BWP 15.466114
BYN 3.34681
BYR 22820.40996
BZD 2.341258
CAD 1.610277
CDF 2598.732168
CHF 0.936687
CLF 0.027361
CLP 1073.35122
CNY 8.231765
CNH 8.230635
COP 4422.730924
CRC 568.646829
CUC 1.164307
CUP 30.854126
CVE 110.21593
CZK 24.208254
DJF 207.297707
DKK 7.468805
DOP 74.506828
DZD 151.014766
EGP 55.297703
ERN 17.464599
ETB 180.565709
FJD 2.631857
FKP 0.872874
GBP 0.873789
GEL 3.137823
GGP 0.872874
GHS 13.242104
GIP 0.872874
GMD 84.994444
GNF 10115.496406
GTQ 8.91703
GYD 243.551567
HKD 9.063324
HNL 30.660349
HRK 7.534581
HTG 152.392152
HUF 381.731319
IDR 19431.753727
ILS 3.767358
IMP 0.872874
INR 104.724139
IQD 1525.021034
IRR 49031.867707
ISK 149.007685
JEP 0.872874
JMD 186.327044
JOD 0.825436
JPY 180.689329
KES 150.582958
KGS 101.819216
KHR 4660.924876
KMF 491.33727
KPW 1047.875385
KRW 1715.96691
KWD 0.357407
KYD 0.970168
KZT 588.717893
LAK 25243.761042
LBP 104246.887486
LKR 359.070136
LRD 204.88878
LSL 19.729516
LTL 3.437895
LVL 0.704277
LYD 6.328183
MAD 10.751913
MDL 19.807182
MGA 5192.688126
MKD 61.612569
MMK 2444.575233
MNT 4130.230657
MOP 9.335044
MRU 46.422332
MUR 53.640008
MVR 17.932029
MWK 2018.601284
MXN 21.162059
MYR 4.786443
MZN 74.410886
NAD 19.729516
NGN 1688.338127
NIO 42.840926
NOK 11.772625
NPR 167.464442
NZD 2.014838
OMR 0.446781
PAB 1.164182
PEN 3.913058
PGK 4.939801
PHP 68.653379
PKR 326.360799
PLN 4.229232
PYG 8006.435397
QAR 4.243211
RON 5.091044
RSD 117.347755
RUB 89.441675
RWF 1693.745915
SAR 4.36976
SBD 9.582933
SCR 15.771732
SDG 700.335953
SEK 10.943923
SGD 1.508534
SHP 0.873532
SLE 27.599807
SLL 24414.925724
SOS 664.104329
SRD 44.975958
STD 24098.796527
STN 24.489097
SVC 10.186465
SYP 12873.549183
SZL 19.714223
THB 37.112262
TJS 10.680845
TMT 4.086716
TND 3.41488
TOP 2.803371
TRY 49.55243
TTD 7.891487
TWD 36.43004
TZS 2840.6353
UAH 48.871442
UGX 4118.166521
USD 1.164307
UYU 45.529729
UZS 13926.799548
VES 296.376506
VND 30691.122782
VUV 141.301541
WST 3.246799
XAF 655.665087
XAG 0.019914
XAU 0.000277
XCD 3.146597
XCG 2.098066
XDR 0.815437
XOF 655.665087
XPF 119.331742
YER 277.745094
ZAR 19.719145
ZMK 10480.15708
ZMW 26.914017
ZWL 374.90626
ONU registra forte apoio à solução de 2 Estados no Oriente Médio em conferência boicotada por EUA e Israel
ONU registra forte apoio à solução de 2 Estados no Oriente Médio em conferência boicotada por EUA e Israel / foto: CHARLY TRIBALLEAU - AFP

ONU registra forte apoio à solução de 2 Estados no Oriente Médio em conferência boicotada por EUA e Israel

A solução de dois Estados para pôr fim ao conflito entre Israel e Palestina, que já dura mais de sete décadas, recebeu um forte apoio na ONU nesta segunda-feira (28) durante uma conferência ministerial convocada pela Assembleia Geral, que foi boicotada por Estados Unidos e Israel.

Tamanho do texto:

Após quase dois anos de guerra de Israel contra o Hamas em Gaza, "somente uma solução política de dois Estados pode responder às legítimas aspirações de israelenses e palestinos de viverem em paz e segurança. Não há alternativa", declarou o chanceler da França, Jean-Noël Barrot.

"É ilusório esperar um cessar-fogo duradouro sem ter uma visão comum do pós-guerra em Gaza, sem traçar um horizonte político e uma alternativa ao estado de guerra permanente", insistiu.

A reunião, presidida pela França junto com a Arábia Saudita, ocorre quatro dias depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter anunciado que o seu país reconhecerá formalmente o Estado palestino na próxima Assembleia Geral da ONU, em setembro.

Luxemburgo, por sua vez, insinuou nesta segunda que poderia seguir o exemplo da França, e outros países poderiam anunciar planos similares quando a conferência for retomada nesta terça.

Pelo menos 142 dos 193 países-membros da ONU reconhecem o Estado palestino proclamado pelos líderes palestinos no exílio em 1988, segundo um levantamento da AFP.

Contudo, nem Estados Unidos nem Israel participam da reunião. O Departamento de Estado americano a classificou de "truque publicitário" que dificultará a busca pela paz e "recompensa o terrorismo". Por sua vez, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon, disse que ela "não promove uma solução".

No entanto, o chanceler saudita, príncipe Faisal bin Farhan, tem confiança de que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, seja "um catalisador para pôr fim à crise imediata em Gaza e, potencialmente, para resolver o conflito palestino-israelense no longo prazo".

"Um Estado palestino independente é a chave para a paz na região", afirmou, ao acrescentar que sua criação é a condição para a normalização das relações de seu país com Israel.

Para o chanceler espanhol, José Manuel Albares, tanto o povo israelense quanto o povo palestino "têm direito a um futuro com segurança e paz".

- 'Mais longe do que nunca' -

Mas os mais de 21 meses de guerra em Gaza, a contínua expansão dos assentamentos israelenses na Cisjordânia e as declarações de autoridades israelenses sobre anexação de território ocupado causam temores de que um Estado palestino torne-se geograficamente impossível.

A guerra atual em Gaza começou após um ataque sem precedentes do Hamas contra Israel, que respondeu com uma campanha militar de grande escala que tirou dezenas de milhares de vidas e destruiu grande parte da infraestrutura do território.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou que "a solução de dois Estados está mais longe do que nunca".

"Sejamos claros, a anexação insidiosa da Cisjordânia é ilegal, deve ser interrompida. A destruição em larga escala de Gaza é intolerável, deve acabar", insistiu, denunciando as ações "unilaterais" que podem "minar para sempre" a solução de dois Estados.

Em 1947, em uma resolução aprovada pela Assembleia Geral, as Nações Unidas decidiram dividir a Palestina, então sob mandato britânico, em um Estado judeu e outro árabe. No ano seguinte, foi proclamado o Estado de Israel.

Durante décadas, a maioria dos membros da ONU apoiou uma solução de dois Estados, com Israel e um Estado palestino coexistindo.

- 'Hamas deve entregar armas' -

A conferência também pretende focar na reforma da governança da Autoridade Palestina, no desarmamento do movimento islamista Hamas e na sua exclusão do governo palestino, e na normalização das relações com Israel pelos Estados árabes que ainda não o fizeram.

O primeiro-ministro palestino Mohammad Mustafa pediu ao movimento islamista que controla a Faixa de Gaza que "entregue as armas e o controle" à Autoridade Palestina, que governa a Cisjordânia. Ele também solicitou que Israel se retire "completamente" do território.

O Estado da Palestina, destacou, está disposto a "assumir total responsabilidade pelo governo e pela segurança em Gaza, com apoio árabe e internacional".

Mas a pressão internacional está, neste momento, sobre Israel, para que ponha fim à guerra, desencadeada pelos ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, diante das imagens de fome generalizada que chegam de Gaza, marcada pela devastação.

As principais ONGs israelenses, B'Tselem e Médicos pelos Direitos Humanos, afirmaram nesta segunda-feira que Israel está cometendo um "genocídio" na Faixa de Gaza, segundo suas próprias investigações.

L.Zimmermann--NZN