Zürcher Nachrichten - Exército israelense e o desafio de tomar a Cidade de Gaza

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Exército israelense e o desafio de tomar a Cidade de Gaza
Exército israelense e o desafio de tomar a Cidade de Gaza / foto: Ohad Zwigenberg - POOL/AFP

Exército israelense e o desafio de tomar a Cidade de Gaza

Tomar a Cidade de Gaza, uma área urbana densamente povoada e com milhares de combatentes do Hamas à espreita, será uma operação difícil e com um custo elevado para o Exército israelense, afirmam os especialistas.

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O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, anunciou a intenção de ampliar as operações militares "para desmantelar os dois últimos redutos do Hamas na Cidade de Gaza e nos campos" de refugiados no centro do território.

A Cidade de Gaza, a mais populosa dos territórios palestinos, tinha mais de 760.000 habitantes antes da guerra, segundo dados oficiais palestinos.

Desde o início da guerra, com a ofensiva israelense em retaliação ao ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro de 2023, a população da cidade provavelmente aumentou, já que os habitantes no norte da Faixa de Gaza se deslocaram para a localidade em busca de refúgio.

A cidade está repleta de campos de deslocados e outros abrigos improvisados, muitos deles instalados nos escombros dos edifícios destruídos pelos bombardeios.

Segundo o ex-general israelense Amir Avivi, que lidera o centro de estudos Fórum Israelense para a Defesa e Segurança, o Exército tem a capacidade de operar nesta área, que ele chama como "bastião" e "o coração do poder do Hamas".

Para Israel, o desafio será, acima de tudo, humanitário, porque o plano de Netanyahu prevê como passo prévio "a evacuação" de Gaza, segundo os poucos detalhes que foram divulgados.

Ao contrário do restante do território palestino, onde quase toda a população teve que se deslocar pelo menos uma vez em 22 meses de guerra, quase 300.000 habitantes da Cidade de Gaza nunca deixaram a localidade desde o início do conflito, disse Avivi à AFP.

Israel tentou levar os civis mais para o sul, para as áreas denominadas "humanitárias", mas não há espaço suficiente para abrigar todas as pessoas.

"Não é possível enviar outro milhão de pessoas para aquela área. Seria uma terrível crise humanitária", avalia Michael Milshtein, um ex-oficial de inteligência militar.

- Entre 10.000 e 15.000 combatentes -

Israel também quer incentivar os moradores a seguir para o sul da Cidade de Gaza, onde estão localizados seus centros de ajuda humanitária, administrados pela Fundação Humanitária de Gaza (GHF, na sigla em inglês, apoiada por Estados Unidos e Israel). Atualmente há quatro centros, mas o objetivo é alcançar 16.

Contudo, civis morrem todos os dias durante as operações de distribuição de ajuda da GHF, atingidos por tiros israelenses, uma "armadilha mortal", segundo a Human Rights Watch (HRW), e uma militarização intolerável da ajuda, segundo a ONU e várias ONGs, que se recusam a trabalhar com a GHF.

Michael Milshtein, que coordena o programa de estudos palestinos na Universidade de Tel Aviv, calcula que o braço militar do Hamas pode ter entre 10.000 e 15.000 combatentes na Cidade de Gaza, muitos deles recrutados recentemente.

"Os jovens palestinos hoje não têm trabalho, educação, nem escola, então é muito fácil convencer um palestino de 17, 18 ou 19 anos a entrar para as Brigadas al Qasam", o braço armado do Hamas.

A Cidade de Gaza é, há muitos anos, a sede do poder do Hamas, que assumiu o controle do território palestino em 2007, e possui milhares de militantes e membros de suas estruturas políticas, civis, sociais e religiosas, aponta Milshtein.

O Exército espera encontrar uma vasta rede de túneis, onde provavelmente são mantidos os reféns sequestrados em 7 de outubro de 2023, assim como depósitos de armas, esconderijos e postos de combate.

Também terá que enfrentar artefatos explosivos e o uso de civis como escudos humanos, em uma zona urbana densa, com becos estreitos e prédios altos.

Milshtein lembra a oposição do comandante do Estado-Maior de Israel, Eyal Zamir, ao plano de Netanyahu devido ao custo humano para seus soldados.

"É quase impossível não provocar, ao mesmo tempo, vítimas entre os reféns e uma grande catástrofe humanitária", alerta Mairav Zonszein, do 'International Crisis Group' (ICG). "Simplesmente vão destruir tudo e depois não vai restar nada", adverte.

O.Hofer--NZN