Zürcher Nachrichten - Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense

EUR -
AED 4.237783
AFN 79.378381
ALL 97.332363
AMD 442.903901
ANG 2.064875
AOA 1057.993383
ARS 1492.965739
AUD 1.775295
AWG 2.079644
AZN 1.959692
BAM 1.951302
BBD 2.331575
BDT 141.870316
BGN 1.951116
BHD 0.434972
BIF 3442.442968
BMD 1.153755
BND 1.486689
BOB 7.980225
BRL 6.455032
BSD 1.154763
BTN 100.185379
BWP 15.632046
BYN 3.778751
BYR 22613.60162
BZD 2.319733
CAD 1.589119
CDF 3333.198858
CHF 0.930625
CLF 0.028208
CLP 1106.716753
CNY 8.281482
CNH 8.287372
COP 4817.320173
CRC 583.567315
CUC 1.153755
CUP 30.574512
CVE 110.016141
CZK 24.608422
DJF 205.647495
DKK 7.461525
DOP 70.179428
DZD 150.236654
EGP 56.196417
ERN 17.306328
ETB 159.690514
FJD 2.605698
FKP 0.861537
GBP 0.865155
GEL 3.161196
GGP 0.861537
GHS 12.125991
GIP 0.861537
GMD 83.070173
GNF 10020.420476
GTQ 8.861033
GYD 241.59931
HKD 9.056915
HNL 30.373558
HRK 7.531141
HTG 151.443494
HUF 399.680984
IDR 18936.583846
ILS 3.886343
IMP 0.861537
INR 100.197465
IQD 1512.738823
IRR 48587.506336
ISK 142.067699
JEP 0.861537
JMD 185.003501
JOD 0.817991
JPY 171.540612
KES 149.134097
KGS 100.741747
KHR 4624.699181
KMF 489.76918
KPW 1038.331042
KRW 1608.299776
KWD 0.352553
KYD 0.962336
KZT 627.251146
LAK 24908.520036
LBP 103473.727909
LKR 348.88326
LRD 231.539264
LSL 20.723702
LTL 3.406739
LVL 0.697895
LYD 6.254581
MAD 10.480439
MDL 19.706679
MGA 5168.487974
MKD 61.421596
MMK 2421.742305
MNT 4142.5846
MOP 9.3376
MRU 46.088147
MUR 53.176525
MVR 17.765176
MWK 2002.496351
MXN 21.695294
MYR 4.885575
MZN 73.794572
NAD 20.722985
NGN 1768.752807
NIO 42.493878
NOK 11.816506
NPR 160.300565
NZD 1.939899
OMR 0.443604
PAB 1.154828
PEN 4.094285
PGK 4.859796
PHP 66.184594
PKR 326.74372
PLN 4.278705
PYG 8649.509619
QAR 4.198839
RON 5.074561
RSD 117.144196
RUB 94.722874
RWF 1669.844491
SAR 4.327344
SBD 9.558971
SCR 17.277917
SDG 692.831385
SEK 11.152988
SGD 1.486469
SHP 0.90667
SLE 26.536343
SLL 24193.673899
SOS 660.024175
SRD 42.181285
STD 23880.402901
STN 24.444177
SVC 10.104144
SYP 15000.541242
SZL 20.716319
THB 37.439028
TJS 10.999899
TMT 4.049681
TND 3.408043
TOP 2.702213
TRY 46.813801
TTD 7.8381
TWD 34.361485
TZS 3011.300491
UAH 48.276797
UGX 4139.636068
USD 1.153755
UYU 46.205882
UZS 14451.435844
VES 140.679966
VND 30257.229718
VUV 137.646446
WST 3.165211
XAF 654.499202
XAG 0.030274
XAU 0.000347
XCD 3.118081
XCG 2.081192
XDR 0.800025
XOF 654.482222
XPF 119.331742
YER 277.91079
ZAR 20.721287
ZMK 10385.183546
ZMW 26.532902
ZWL 371.508699
Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense
Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense / foto: MAHMUD HAMS - AFP

Hospital no norte de Gaza permanece em ruínas após retirada do Exército israelense

Em meio ao que restou do hospital Kamal Adwan, no norte da Faixa de Gaza, um grupo de palestinos busca por corpos que ficaram presos nos escombros, enquanto um homem chora ao cobrir um cadáver antes de enterrá-lo.

Tamanho do texto:

Mahmud Asaf, de 50 anos, viajou de Jabaliya até Beit Lahiya, na região onde está localizado o hospital, para buscar duas crianças de sua família que ficaram hospitalizadas por dez dias após sofrerem queimaduras.

Ele encontrou um dos menores, Hadi, "paralisado, deitado de costas debaixo de algumas cadeiras". O menino parecia quase inconsciente e com queimaduras graves.

O Ministério da Saúde do Hamas, que governa Gaza desde 2007, afirmou que o Exército israelense lançou um ataque contra o hospital Kamal Adwan em 12 de dezembro e denunciou um cerco que durou vários dias e que os soldados cometeram um "massacre".

O Exército de Israel informou no sábado (16), que "encerrou suas operações na região do hospital Kamal Adwan" e acusou o movimento islamista palestino de ter utilizado a unidade de saúde como centro de controle e comando.

As autoridades israelenses indicaram que encontraram armas e que detiveram 80 membros do Hamas no centro médico, o último hospital público em operação no norte de Gaza.

Asaf contou que queria levar as crianças o mais rápido possível após a retirada do Exército, mas ficou chocado com a "destruição em massa" que testemunhou no local.

"Há pacientes por todos os lados. Não restou nada, não restou vida. As crianças têm queimaduras graves. Não tinham nada para comer ou beber e nenhum tratamento", relatou.

O Hamas acusou as forças israelenses de terem "disparado contra os quartos dos pacientes" e disse que prenderam profissionais de saúde e destruíram tendas de pessoas deslocadas que se abrigavam no complexo.

As tropas de Israel também atacaram outros centros de saúde em Gaza, incluindo o maior hospital do território palestino, Al Shifa, localizado na cidade de Gaza, enquanto acusavam o Hamas de esconder uma base militar no edifício, o que o grupo islamista nega.

- "Que matem a todos nós" -

Toda a infraestrutura de saúde da Faixa de Gaza foi atingida pelos bombardeios e pela operação terrestre lançada por Israel em resposta ao sangrento ataque sem precedentes do Hamas em 7 de outubro, em território israelense, que deixou quase 1.140 mortos, a maioria civis, segundo autoridades de Israel.

Do lado palestino, cerca de 19.453 pessoas morreram em Gaza, em sua maioria mulheres, crianças e adolescentes, de acordo com os últimos números divulgados pelo Hamas.

O diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, expressou no domingo (17) a sua "consternação" pela destruição registrada no hospital Kamal Adwan, que resultou na morte de "pelo menos oito pacientes".

"Muitos pacientes tiveram que deixar o local por conta própria, arriscando sua saúde e segurança, já que as ambulâncias não conseguiram chegar até este estabelecimento", explicou, acrescentando que "vários morreram por falta de tratamento".

Abu Mohamed chegou ao local à procura do filho, mas ficou chorando nas portas que davam para o pátio.

"Demoliram o prédio. Mataram os médicos. Nem os médicos foram salvos. Não deixaram nada", lamentou este pai.

"Meu filho está aqui. Mas não sei como vou encontrá-lo", acrescentou, apontando para os escombros.

"Onde estão os países árabes?”, questionou o homem. "Eles estão nos matando desde 1948", disse, fazendo referência ao ano da fundação de Israel.

"Que matem todos nós pra que possamos descansar em vez de viver esta tortura", disse.

L.Muratori--NZN