Zürcher Nachrichten - França homenageia vítimas de atentados jihadistas de Paris 10 anos depois

EUR -
AED 4.278799
AFN 77.332466
ALL 96.575617
AMD 445.1876
ANG 2.085576
AOA 1068.388216
ARS 1684.735918
AUD 1.75613
AWG 2.09862
AZN 1.984015
BAM 1.955298
BBD 2.351906
BDT 142.873314
BGN 1.955951
BHD 0.439244
BIF 3450.13256
BMD 1.165091
BND 1.512264
BOB 8.068928
BRL 6.18139
BSD 1.167705
BTN 104.895516
BWP 15.51395
BYN 3.380546
BYR 22835.780461
BZD 2.348507
CAD 1.624445
CDF 2598.152383
CHF 0.935795
CLF 0.027249
CLP 1068.972737
CNY 8.239114
CNH 8.235468
COP 4423.838268
CRC 572.550529
CUC 1.165091
CUP 30.874907
CVE 110.236695
CZK 24.215228
DJF 207.947498
DKK 7.468599
DOP 74.200629
DZD 151.573688
EGP 55.422094
ERN 17.476363
ETB 182.080866
FJD 2.631882
FKP 0.872491
GBP 0.87341
GEL 3.139877
GGP 0.872491
GHS 13.301585
GIP 0.872491
GMD 85.051785
GNF 10146.786517
GTQ 8.944742
GYD 244.307269
HKD 9.07004
HNL 30.745973
HRK 7.537941
HTG 152.955977
HUF 381.927241
IDR 19422.821609
ILS 3.76036
IMP 0.872491
INR 104.791181
IQD 1529.71378
IRR 49079.451231
ISK 149.003201
JEP 0.872491
JMD 187.141145
JOD 0.82607
JPY 180.711448
KES 150.704566
KGS 101.886647
KHR 4676.939601
KMF 491.66861
KPW 1048.573823
KRW 1715.887947
KWD 0.35759
KYD 0.973154
KZT 590.220982
LAK 25331.604319
LBP 104570.198293
LKR 360.448994
LRD 206.107962
LSL 19.822595
LTL 3.44021
LVL 0.704752
LYD 6.347397
MAD 10.774234
MDL 19.862985
MGA 5193.64414
MKD 61.624177
MMK 2446.620372
MNT 4131.997126
MOP 9.362236
MRU 46.266921
MUR 53.675364
MVR 17.954132
MWK 2024.871384
MXN 21.185039
MYR 4.789718
MZN 74.447687
NAD 19.822595
NGN 1690.547045
NIO 42.970442
NOK 11.774198
NPR 167.831186
NZD 2.017279
OMR 0.448002
PAB 1.1678
PEN 3.926892
PGK 4.952877
PHP 68.813177
PKR 329.883811
PLN 4.230421
PYG 8097.955442
QAR 4.268104
RON 5.093784
RSD 117.405001
RUB 89.428762
RWF 1699.056442
SAR 4.372624
SBD 9.581501
SCR 15.83572
SDG 700.739077
SEK 10.962357
SGD 1.508886
SHP 0.87412
SLE 26.796781
SLL 24431.370198
SOS 666.226074
SRD 45.023191
STD 24115.028075
STN 24.494657
SVC 10.21742
SYP 12883.858981
SZL 19.816827
THB 37.09708
TJS 10.731491
TMT 4.077818
TND 3.427635
TOP 2.805259
TRY 49.532165
TTD 7.917001
TWD 36.455959
TZS 2842.8212
UAH 49.235746
UGX 4139.936989
USD 1.165091
UYU 45.74845
UZS 13910.428222
VES 289.625154
VND 30711.794538
VUV 142.222766
WST 3.250779
XAF 655.7858
XAG 0.020016
XAU 0.000276
XCD 3.148716
XCG 2.104569
XDR 0.815587
XOF 655.791427
XPF 119.331742
YER 277.75676
ZAR 19.715959
ZMK 10487.212054
ZMW 26.828226
ZWL 375.158775
França homenageia vítimas de atentados jihadistas de Paris 10 anos depois
França homenageia vítimas de atentados jihadistas de Paris 10 anos depois / foto: Dimitar DILKOFF - AFP

França homenageia vítimas de atentados jihadistas de Paris 10 anos depois

A França homenageou nesta quinta-feira (13) as 132 vítimas dos atentados perpetrados por jihadistas em terraços, bares e em uma casa de shows em Paris, em meio a promessas de fazer "tudo" para impedir novos ataques.

Tamanho do texto:

Esses atentados, reivindicados pelo grupo Estado Islâmico (EI), foram os mais sangrentos da década de 2010 na Europa, um período marcado por ataques jihadistas em vários países.

"Ninguém pode garantir, infelizmente, o fim dos atentados, mas podemos garantir que, para aqueles que pegarem em armas contra a França, a resposta será implacável", declarou o presidente Emmanuel Macron, que prometeu fazer "tudo" para impedi-los.

Para marcar os dez anos dessa tragédia que comoveu o mundo, Macron e a prefeita de Paris, Anne Hidalgo, percorreram os locais dos ataques e inauguraram o Jardim da Memória, no centro da capital, durante uma cerimônia emocionante ao som de rock.

"Este será um lugar onde todas as vítimas que perderam a vida serão identificadas, onde os sobreviventes se encontrarão e onde a vida estará presente", explicou Philippe Duperron, da associação de vítimas 13onze15.

Os "heróis" desconhecidos dos atentados — policiais, psicólogos, enfermeiras, funcionários de limpeza... — leram os nomes das 132 vítimas: as 130 assassinadas naquela noite e duas sobreviventes que não superaram o trauma e acabaram tirando a própria vida mais tarde.

Os sinos das igrejas de Paris, com destaque para a Catedral de Notre-Dame, repicaram, e um símbolo da paz foi iluminado ao redor da Torre Eiffel.

— "Nossa democracia foi o alvo" —

Os ataques começaram nos arredores do Stade de France, ao norte de Paris, onde a seleção francesa disputava uma partida contra a Alemanha na presença do então presidente francês François Hollande. Uma pessoa perdeu a vida: Manuel Dias.

"Meu pai amava a vida", lembrou emocionada nesta quinta-feira sua filha Sophie Dias. "Nos dizem para virar a página dez anos depois, mas a ausência é imensa, o impacto segue intacto e a incompreensão ainda reina", acrescentou.

Naquela noite, Hollande fez um discurso na televisão sobre o "horror" vivido pelo país. Dias depois, declarou que a França estava "em guerra" contra os jihadistas e seu autoproclamado califado, que então se estendia entre a Síria e o Iraque.

Os agressores assassinaram em seguida cerca de 90 pessoas na casa de shows Bataclan, onde se apresentava a banda Eagles of Death Metal, e dezenas mais em restaurantes e cafés da capital francesa.

Nove terroristas morreram, baleados pela polícia ou ao acionarem os explosivos presos aos corpos, com exceção de Salah Abdeslam, que fugiu e foi preso meses depois na Bélgica. Atualmente, ele cumpre prisão perpétua em uma penitenciária francesa de segurança máxima.

"Eles escolheram atacar o que mais odiavam: nossa liberdade, nossa alegria de viver, o espírito festivo, que é a alma de nossa cidade", resumiu Anne Hidalgo. "Naquela noite, nossa democracia foi o alvo", acrescentou.

— "Ferida aberta" —

As forças apoiadas pelos Estados Unidos derrotaram, em 2019, no leste da Síria, os últimos vestígios do autoproclamado califado do Estado Islâmico, que havia atraído cidadãos franceses e inspirado os ataques de Paris.

E embora a França tenha feito "todo o possível para conter" o jihadismo dos "terroristas" que muitas vezes passaram pela Síria, agora ele "renasce sob outra forma, interna, insidiosa, menos detectável, menos previsível", advertiu o presidente francês.

A ameaça mudou desde 2015. Segundo o promotor antiterrorismo Olivier Christen, a tendência na França passou de ataques coordenados a partir de zonas jihadistas para uma ameaça vinda de pessoas cada vez mais jovens, inclusive menores de idade, que já vivem no país.

Os menores "são principalmente meninos, muitos com perfis isolados, frequentemente em situação de fracasso escolar", explicou Christen à AFP, detalhando que "passam muito tempo nas redes sociais", onde os "algoritmos" os conduzem a conteúdos de "ultraviolência".

Em Paris, os sobreviventes e familiares das vítimas tentam reconstruir suas vidas e, neste décimo aniversário, quiseram afirmar que "os terroristas não venceram naquela noite", segundo Arthur Dénouveaux, presidente da associação Life for Paris.

"Hoje posso lembrar, posso chorar, posso me deixar levar, mas amanhã, a vida continua", disse Sophie Bouchard-Stech, que perdeu o marido no Bataclan.

Muitos parisienses também foram até a Praça da República, onde, como em 2015, depositaram flores, velas e mensagens de apoio. Para um deles, Antoine Grignon, "dez anos depois, a ferida continua aberta".

burs-ah-tjc/pc/fp/aa/yr/am

E.Schneyder--NZN