Zürcher Nachrichten - Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países

EUR -
AED 4.265501
AFN 79.959635
ALL 97.551953
AMD 444.46094
ANG 2.078392
AOA 1064.918946
ARS 1479.215873
AUD 1.786713
AWG 2.090354
AZN 1.975233
BAM 1.953542
BBD 2.336991
BDT 140.48763
BGN 1.955288
BHD 0.437871
BIF 3449.133381
BMD 1.161308
BND 1.489103
BOB 7.996758
BRL 6.445372
BSD 1.157437
BTN 99.603607
BWP 15.636284
BYN 3.787891
BYR 22761.632973
BZD 2.325003
CAD 1.595718
CDF 3351.534207
CHF 0.932877
CLF 0.029202
CLP 1120.604148
CNY 8.342492
CNH 8.343457
COP 4651.920352
CRC 584.01805
CUC 1.161308
CUP 30.774657
CVE 110.156182
CZK 24.645271
DJF 206.112842
DKK 7.462018
DOP 69.630616
DZD 151.409562
EGP 57.379284
ERN 17.419617
ETB 160.638231
FJD 2.620376
FKP 0.864967
GBP 0.865772
GEL 3.147341
GGP 0.864967
GHS 12.066081
GIP 0.864967
GMD 83.032941
GNF 10043.991577
GTQ 8.881227
GYD 242.061922
HKD 9.115094
HNL 30.291815
HRK 7.533981
HTG 151.96857
HUF 399.328456
IDR 18944.298088
ILS 3.900177
IMP 0.864967
INR 100.097538
IQD 1516.315169
IRR 48905.571821
ISK 141.783813
JEP 0.864967
JMD 185.553506
JOD 0.8234
JPY 172.733501
KES 150.04462
KGS 101.556215
KHR 4639.377052
KMF 494.137152
KPW 1045.141109
KRW 1618.642786
KWD 0.354977
KYD 0.964555
KZT 618.16467
LAK 24960.557705
LBP 103709.044296
LKR 348.828414
LRD 232.070749
LSL 20.725305
LTL 3.42904
LVL 0.702464
LYD 6.294673
MAD 10.488378
MDL 19.676732
MGA 5174.798967
MKD 61.541866
MMK 2437.556121
MNT 4164.759726
MOP 9.357836
MRU 46.04312
MUR 53.082892
MVR 17.879229
MWK 2006.982842
MXN 21.792402
MYR 4.929731
MZN 74.276675
NAD 20.725305
NGN 1771.993034
NIO 42.597187
NOK 11.948638
NPR 159.3642
NZD 1.951822
OMR 0.446525
PAB 1.157262
PEN 4.106079
PGK 4.863112
PHP 66.422174
PKR 329.753675
PLN 4.258234
PYG 8959.149725
QAR 4.220231
RON 5.073642
RSD 117.113188
RUB 90.582059
RWF 1663.328239
SAR 4.35601
SBD 9.637515
SCR 17.053094
SDG 697.364694
SEK 11.299313
SGD 1.492652
SHP 0.912606
SLE 26.53569
SLL 24352.048595
SOS 661.435212
SRD 42.831338
STD 24036.726887
SVC 10.128082
SYP 15099.146569
SZL 20.721174
THB 37.684499
TJS 11.065269
TMT 4.07619
TND 3.409132
TOP 2.719903
TRY 46.891722
TTD 7.857306
TWD 34.174385
TZS 3026.120791
UAH 48.456698
UGX 4146.921328
USD 1.161308
UYU 46.823745
UZS 14790.516583
VES 135.832348
VND 30378.650865
VUV 138.934041
WST 3.205365
XAF 655.298379
XAG 0.030462
XAU 0.000348
XCD 3.138492
XDR 0.814981
XOF 655.298379
XPF 119.331742
YER 280.281768
ZAR 20.698338
ZMK 10453.163779
ZMW 27.055274
ZWL 373.940639
Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países
Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países / foto: STRINGER - AFP

Países aprovam na COP29 regras para as transações de carbono entre países

Os países ricos poderão cumprir suas metas climáticas pagando aos países da África ou da Ásia ao invés de reduzir suas próprias emissões de gases de efeito estufa, após a adoção, neste sábado (23), de novas regras na COP29.

Tamanho do texto:

A decisão, tomada pelos países reunidos na conferência da ONU sobre mudanças climáticas, em Baku, no Azerbaijão, foi recebida com aplausos e chegou após três anos de um debate espinhoso sobre o comércio de créditos de redução de emissões de carbono.

Até agora, os créditos de carbono eram usados sobretudo por empresas que queriam reduzir suas emissões, a fim de se apresentarem como companhias com um balanço de emissões de carbono neutro, e o faziam em um mercado alheio à normativa internacional e marcado por muitos escândalos.

Mas, a partir de agora, para alcançar suas metas climáticas, os países - sobretudo, os ricos, mais contaminantes - poderão comprar créditos de carbono ou firmar transações diretamente com outros países com melhores ações inclusive no estabelecido em seus próprios objetivos.

Esta possibilidade estava prevista no artigo 6.2 do Acordo de Paris de 2015, e a decisão deste sábado a torna efetiva. Vários especialistas dizem temer que estes mecanismos permitam que os Estados se declarem menos contaminantes do que realmente são, criando uma maquiagem verde ou "greenwashing" em larga escala.

No entanto, os países em desenvolvimento, principalmente africanos e asiáticos, contam com estas transações para obter financiamento internacional.

- Suíça, a pioneira -

Os países ricos financiariam atividades que reduzam as emissões de gases de efeito estufa nos países mais pobres, como plantio de árvores, substituição de veículos com motor a combustão por elétricos ou a redução do uso do carvão. Em seguida, registrariam em seu próprio balanço de carbono a redução correspondente de emissões.

Antes mesmo da aprovação dos países-membros da ONU, já tinham sido assinados 91 acordos bilaterais, especialmente por Japão, Coreia do Sul e Singapura, para 141 projetos piloto, segundo dados das Nações Unidas de 7 de novembro.

A Suíça assinou um acordo com Gana para reduzir suas emissões de metano procedentes de resíduos, e um pacto com a Tailândia para financiar uma frota de ônibus elétricos em Bangcoc. Esta é a única transação realizada no momento.

"Se temos a possibilidade de uma redução [de emissões] no exterior e, ao mesmo tempo, ajudar [estes países] é uma [operação] na qual todos ganham", disse na COP29 o ministro do Meio Ambiente da Suíça, Albert Rösti.

- "Ameaça" -

Os promotores das transações de carbono ressaltam que elas permitem gerar receita nos países em desenvolvimento. Mas, seus críticos temem que, com elas, os países se dediquem mais a assinar cheques ao invés de reduzir as emissões em seus territórios.

"Esta é a maior ameaça contra o Acordo de Paris", disse à AFP Injy Johnstone, pesquisadora especializada na neutralidade de carbono na Universidade de Oxford e que acompanhou de perto as negociações finais em Baku. Seu temor é que muitos países "se apoiem nele para alcançar" seus objetivos.

- Projetos à espera -

Paralelamente a este sistema descentralizado, existirá outro sistema - centralizado - de Estados a Estados de intercâmbios de créditos de carbono, aberto tanto para os países quanto para as empresas, conhecido com o nome de "artigo 6.4" no jargão da ONU.

No primeiro dia da COP29, os países adotaram novas normas que enquadram este mercado, com o que apresentaram como padrões melhorados, sob a supervisão de um órgão das Nações Unidas.

"O mercado poderá começar a andar, há muitos projetos à espera", explicou à AFP Andrea Bonzanni, do organismo IETA (International Emissions Trading Association), que reúne mais de 300 membros, inclusive empresas de energia como BP e TotalEnergies.

Apesar do impulso dado na COP29, vários especialistas duvidam que a qualidade dos créditos de carbono vá aumentar realmente nestes mercados regulados.

Segundo Erika Lennon, advogada no Centro para o Direito Internacional do Meio Ambiente (CIEL, na sigla em inglês), será preciso ver se estes mercados "não criariam ainda mais problemas e escândalos que os mercados voluntários de carbono", isto é, os mercados não regulados entre empresas.

Vários estudos têm demonstrado a ineficácia de muitos projetos que tinham sido certificados por organismos privados pouco rigorosos, às vezes em detrimento das populações locais.

X.Blaser--NZN