Zürcher Nachrichten - Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

EUR -
AED 4.321812
AFN 81.778475
ALL 97.807915
AMD 451.522417
ANG 2.105826
AOA 1078.975935
ARS 1497.858918
AUD 1.782891
AWG 2.1203
AZN 2.003467
BAM 1.958825
BBD 2.375879
BDT 143.852751
BGN 1.955449
BHD 0.443461
BIF 3448.722982
BMD 1.176637
BND 1.503428
BOB 8.131661
BRL 6.502917
BSD 1.176722
BTN 101.638383
BWP 15.726352
BYN 3.850963
BYR 23062.084763
BZD 2.36368
CAD 1.604915
CDF 3399.304014
CHF 0.934602
CLF 0.028509
CLP 1118.428525
CNY 8.42508
CNH 8.416437
COP 4792.44241
CRC 594.019817
CUC 1.176637
CUP 31.18088
CVE 110.750939
CZK 24.543438
DJF 209.111894
DKK 7.46472
DOP 71.069427
DZD 152.314056
EGP 57.729813
ERN 17.649555
ETB 162.489305
FJD 2.631784
FKP 0.867152
GBP 0.870447
GEL 3.189133
GGP 0.867152
GHS 12.248736
GIP 0.867152
GMD 84.718139
GNF 10184.969946
GTQ 9.030984
GYD 246.193313
HKD 9.236524
HNL 31.004102
HRK 7.530594
HTG 154.419112
HUF 397.311473
IDR 19170.122632
ILS 3.940052
IMP 0.867152
INR 101.698267
IQD 1541.394441
IRR 49551.125457
ISK 142.185238
JEP 0.867152
JMD 188.400931
JOD 0.83419
JPY 172.756173
KES 152.416682
KGS 102.723591
KHR 4730.080727
KMF 492.424927
KPW 1058.985243
KRW 1614.628346
KWD 0.358989
KYD 0.980618
KZT 638.716314
LAK 25374.17602
LBP 105367.841564
LKR 355.15844
LRD 236.504179
LSL 20.603033
LTL 3.474303
LVL 0.711736
LYD 6.365994
MAD 10.576496
MDL 19.786639
MGA 5212.501968
MKD 61.655471
MMK 2469.56788
MNT 4224.654056
MOP 9.514514
MRU 46.853959
MUR 53.360445
MVR 18.133544
MWK 2043.231378
MXN 21.82045
MYR 4.960117
MZN 75.257962
NAD 20.602607
NGN 1803.31433
NIO 43.241088
NOK 11.899289
NPR 162.621814
NZD 1.947978
OMR 0.452427
PAB 1.176732
PEN 4.184153
PGK 4.859805
PHP 66.949425
PKR 335.606274
PLN 4.255864
PYG 8813.647599
QAR 4.283661
RON 5.06872
RSD 117.115322
RUB 93.250047
RWF 1693.768929
SAR 4.414495
SBD 9.748549
SCR 17.179139
SDG 706.569921
SEK 11.195983
SGD 1.502924
SHP 0.924652
SLE 27.004126
SLL 24673.493748
SOS 672.449625
SRD 43.053737
STD 24354.009818
STN 25.015302
SVC 10.295943
SYP 15298.619199
SZL 20.603299
THB 37.935127
TJS 11.179005
TMT 4.129996
TND 3.371948
TOP 2.755805
TRY 47.62427
TTD 7.997384
TWD 34.594896
TZS 3023.956576
UAH 49.163528
UGX 4222.538441
USD 1.176637
UYU 47.062875
UZS 15043.303564
VES 141.518132
VND 30751.407413
VUV 140.969699
WST 3.234348
XAF 656.9743
XAG 0.030152
XAU 0.000349
XCD 3.17992
XCG 2.120775
XDR 0.815746
XOF 656.56318
XPF 119.331742
YER 283.510991
ZAR 20.755917
ZMK 10591.135741
ZMW 27.445732
ZWL 378.876627
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento
Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento / foto: JOSEPH EID, ANWAR AMRO - AFP

Líbano recorda três anos de explosão no porto sem expectativa por julgamento

O Líbano recorda nesta sexta-feira (4) o terceiro aniversário da explosão mortal no porto de Beirute sem muitas esperanças de um dia elucidar a verdade por trás da tragédia e julgar os responsáveis, em um cenário de pressão política que bloqueia o processo judicial.

Tamanho do texto:

Em 4 de agosto de 2020, às 18H07, uma das maiores explosões não nucleares da história destruiu bairros inteiros da capital libanesa. Mais de 220 pessoas morreram e mais de 6.500 ficaram feridas.

A explosão foi provocada por um incêndio em um depósito que armazenava, sem as precauções necessárias, toneladas de nitrato de amônio, apesar das advertências aos gerentes do local.

A associação de famílias das vítimas, que luta há três anos para conseguir justiça, convocou uma manifestação para a área do porto.

"É um dia de luto e protesto contra o Estado libanês, que politiza nossa causa e interfere na ação da justiça", declarou à AFP Rima Zahed, que perdeu o irmão Amine, funcionário do porto, na tragédia.

"Três anos depois da explosão, a justiça está bloqueada e a verdade, dissimulada. Nenhuma das pessoas investigadas está na prisão", acrescentou.

As autoridades libanesas rejeitaram os pedidos das famílias por uma investigação internacional e são acusadas de obstruir os inquéritos da justiça local, em um país marcado por profundas divisões políticas e em colapso econômico.

- "Criminosos" -

"Estamos cansados. Não conseguimos fazer nada para que estes criminosos prestem contas", declarou Zahed.

O primeiro juiz responsável pelo caso em 2020 desistiu do processo depois de acusar o ex-primeiro-ministro Hassan Diab e mais três ministros.

Seu sucessor, Tarek Bitar, também investigou líderes políticos, mas o Parlamento se recusou a suspender a imunidade de alguns deputados acusados, o ministério do Interior não aceitou o interrogatório de funcionários de alto escalão e as forças de segurança se negaram a executar as ordens de detenção.

Bitar foi obrigado a suspender a investigação durante 13 meses devido a dezenas de ações judiciais apresentadas contra ele por líderes políticos.

Ele retomou o trabalho em janeiro para surpresa de todos, mas em seguida foi denunciado por insubordinação pelo procurador-geral por acusar várias personalidades do alto escalão do governo.

O procurador também ordenou a libertação de 17 pessoas detidas sem julgamento após a explosão gigantesca.

- Cultura de impunidade -

Em dois anos e meio, o juiz Bitar conseguiu trabalhar durante seis meses, período em que enfrentou muitas pressões que provocaram uma crise sem precedentes no sistema judicial.

Embora não tenha entrado no Palácio de Justiça nos últimos meses, a investigação "continua", informou à AFP um analista do Judiciário que pediu anonimato por razões de segurança.

O analista, que acompanha a investigação, afirmou que o juiz Bitar está determinado a seguir com o trabalho até redigir um documento de acusação, como prometeu às famílias das vítimas.

"Estamos convencidos de que vamos chegar à verdade, porque a verdade não morre enquanto é exigida", disse Rima Zahed.

Quase 300 ONGs e as famílias das vítimas voltaram a pedir na quinta-feira a criação de uma comissão de investigação internacional.

"Uma ação internacional é necessária para romper a cultura da impunidade no Líbano", declarou Ramzi Kaiss, da Human Rights Watch.

"As autoridades usaram todos os meios a sua disposição para minar e obstruir, sem vergonha, a investigação nacional com o objetivo de evitar a prestação de contas", lamentou parte Aya Majzoub, diretora regional adjunta da Anistia Internacional.

X.Blaser--NZN