Zürcher Nachrichten - Enquanto se prepara para a COP30, Lula pressiona por megaprojeto petrolífero

EUR -
AED 4.259901
AFN 80.025133
ALL 97.711411
AMD 445.495328
ANG 2.075662
AOA 1063.520725
ARS 1461.313491
AUD 1.780282
AWG 2.087609
AZN 1.968524
BAM 1.94273
BBD 2.343335
BDT 141.011352
BGN 1.953213
BHD 0.437255
BIF 3293.782618
BMD 1.159783
BND 1.486897
BOB 8.020045
BRL 6.467532
BSD 1.160592
BTN 99.570146
BWP 15.606011
BYN 3.798148
BYR 22731.739193
BZD 2.331217
CAD 1.590764
CDF 3347.132681
CHF 0.930447
CLF 0.029229
CLP 1121.66032
CNY 8.319072
CNH 8.33432
COP 4675.849165
CRC 585.362002
CUC 1.159783
CUP 30.734239
CVE 110.817595
CZK 24.668653
DJF 206.117012
DKK 7.463421
DOP 69.917517
DZD 150.580385
EGP 57.304162
ERN 17.396739
ETB 158.368742
FJD 2.616932
FKP 0.863296
GBP 0.866503
GEL 3.142858
GGP 0.863296
GHS 12.064878
GIP 0.863296
GMD 82.921733
GNF 10039.078744
GTQ 8.907078
GYD 242.715052
HKD 9.104265
HNL 30.560756
HRK 7.536244
HTG 152.384837
HUF 400.562283
IDR 18870.590921
ILS 3.904913
IMP 0.863296
INR 99.731505
IQD 1519.315222
IRR 48855.842821
ISK 142.398459
JEP 0.863296
JMD 185.472243
JOD 0.822297
JPY 172.727006
KES 150.19356
KGS 101.419051
KHR 4662.325592
KMF 492.472652
KPW 1043.831738
KRW 1609.047538
KWD 0.354517
KYD 0.967193
KZT 610.393603
LAK 25010.712255
LBP 103858.532609
LKR 349.419297
LRD 233.116082
LSL 20.759492
LTL 3.424537
LVL 0.701541
LYD 6.28025
MAD 10.50937
MDL 19.614047
MGA 5137.837115
MKD 61.148625
MMK 2435.175411
MNT 4157.64358
MOP 9.384168
MRU 46.066614
MUR 52.613556
MVR 17.855316
MWK 2013.96807
MXN 21.887951
MYR 4.919785
MZN 74.179556
NAD 20.762149
NGN 1773.840811
NIO 42.676024
NOK 11.900848
NPR 159.312234
NZD 1.950836
OMR 0.445929
PAB 1.160592
PEN 4.136366
PGK 4.700016
PHP 65.873291
PKR 330.131936
PLN 4.262686
PYG 8986.543412
QAR 4.222308
RON 5.077994
RSD 117.132282
RUB 90.548819
RWF 1663.128265
SAR 4.350035
SBD 9.648881
SCR 16.405624
SDG 696.458003
SEK 11.285259
SGD 1.491185
SHP 0.911407
SLE 26.091309
SLL 24320.066057
SOS 662.811839
SRD 43.450673
STD 24005.158474
SVC 10.154685
SYP 15079.319791
SZL 20.771534
THB 37.819325
TJS 11.095158
TMT 4.070837
TND 3.364819
TOP 2.716321
TRY 46.644026
TTD 7.878994
TWD 34.101118
TZS 3029.935605
UAH 48.532996
UGX 4160.013685
USD 1.159783
UYU 47.301779
UZS 14735.037795
VES 132.428363
VND 30313.818018
VUV 138.597684
WST 3.182696
XAF 651.573567
XAG 0.030685
XAU 0.000348
XCD 3.134371
XDR 0.810637
XOF 650.638158
XPF 119.331742
YER 279.914227
ZAR 20.806689
ZMK 10439.426614
ZMW 26.489791
ZWL 373.449528
Enquanto se prepara para a COP30, Lula pressiona por megaprojeto petrolífero
Enquanto se prepara para a COP30, Lula pressiona por megaprojeto petrolífero / foto: EVARISTO SA - AFP

Enquanto se prepara para a COP30, Lula pressiona por megaprojeto petrolífero

Apesar das críticas de ambientalistas, o Governo Federal pressiona por um megaprojeto de exploração de petróleo perto da Amazônia, enquanto se prepara para a cúpula do clima COP30, que será realizada em novembro em Belém, no Pará.

Tamanho do texto:

"Nós queremos o petróleo, porque ele ainda vai existir por muito tempo", disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva esta semana.

Os combustíveis fósseis devem ser usados para "fazer a nossa transição energética, que vai precisar de muito dinheiro", acrescentou.

As declarações de Lula aumentaram a pressão sobre o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgão público autônomo que avalia se concede ou não licença ambiental para uma eventual exploração da Margem Equatorial.

O governo quer iniciar as perfurações exploratórias em uma zona marinha de cerca de 350.000 quilômetros quadrados, localizada a cerca de 500 quilômetros da foz do rio Amazonas, no norte do país.

Suas reservas potenciais são estimadas em 10 bilhões de barris de petróleo, quando o país atingiu 15,9 bilhões em reservas comprovadas em 2023.

Enquanto defende a exploração do petróleo, Lula, de 79 anos, espera ver o Brasil liderar a luta contra o aquecimento global.

Seu governo conseguiu reduzir o desmatamento na Amazônia — a maior floresta tropical do planeta — durante seus dois primeiros anos no poder e aumentou sua meta de redução das emissões de gases de efeito estufa.

Espera-se que as ambições de Lula para a liderança climática sejam colocadas em prática na COP30 das Nações Unidas, em novembro, na cidade de Belém, onde serão discutidos os compromissos dos países para enfrentar o aquecimento global.

No entanto, organizações ambientalistas independentes questionam Lula por apoiar o projeto de exploração na Margem Equatorial, principal fonte da emissão de gases.

- "Contra o próprio discurso" -

"Não dá para ser um líder climático e pretender, ao mesmo tempo, multiplicar a produção de combustíveis fósseis", disse à AFP Suely Araújo, integrante da rede de ONGs ambientalistas Observatório do Clima.

Segundo Araújo, a ideia de financiar a transição energética com recursos da exploração do petróleo "é como iniciar uma guerra justificando que se pretende alcançar a paz".

"Abrir as portas da Amazônia para a exploração de combustíveis fósseis (...) vai contra o próprio discurso de preservar a Amazônia para ajudar a regular o clima do planeta", disse Ilan Zugman, diretor regional da ONG 350.org.

"Precisamos encontrar uma solução em que a gente dê garantia ao país, ao mundo e ao povo da Margem Equatorial de que a gente não vai detonar nenhuma árvore, nada do rio Amazonas, nada do oceano Atlântico", prometeu Lula esta semana.

O presidente também disse que outros países, como Guiana e Suriname, já estão "pesquisando petróleo muito próximo à nossa Margem Equatorial".

Quase metade da energia consumida no Brasil vem de fontes renováveis, mais de três vezes a média global, segundo dados oficiais.

Porém, ao mesmo tempo, o país assume um forte compromisso com os combustíveis fósseis. Com uma média de 3,4 milhões de barris de petróleo por dia em 2024, o Brasil é o maior produtor da América Latina e o oitavo maior do mundo.

- Licença em análise -

O plano petrolífero para a Margem Equatorial também gera rejeição das comunidades indígenas na Amazônia.

"Esses projetos não só ameaçam a vida dos povos originários, mas também causam danos ambientais irreversíveis, destruindo florestas, contaminando rios", disse Toya Manchineri, representante da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab).

Em outubro, o Ibama exigiu "detalhes pontuais" da Petrobras sobre seus planos de contingência no caso de um vazamento de petróleo que afetasse a vida selvagem na bacia do Amazonas.

"A Petrobras apresentou, em dezembro, uma nova proposta de atendimento para emergências. (...) Essa nova proposta encontra-se em análise pela equipe técnica", disse o Ibama à AFP.

O órgão faz parte do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, cuja titular, a ambientalista Marina Silva, alertou esta semana que não tem "influência" sobre as licenças e defendeu que sejam "técnicas".

No entanto, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, promotor entusiasta do projeto, apelou ao "bom senso" do Ibama para conceder a licença.

A.Weber--NZN