Zürcher Nachrichten - Escândalo da 'juíza de Deus' ameaça julgamento da morte de Maradona

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Escândalo da 'juíza de Deus' ameaça julgamento da morte de Maradona
Escândalo da 'juíza de Deus' ameaça julgamento da morte de Maradona / foto: Carlo Hermann - AFP

Escândalo da 'juíza de Deus' ameaça julgamento da morte de Maradona

A “juíza de Deus”, magistrada do tribunal argentino encarregado de determinar se a morte de Diego Maradona foi um homicídio, confirmou nesta terça-feira (27) que pretende continuar à frente do julgamento após o escândalo por sua participação em vários vídeos que ameaçam o processo.

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Julieta Makintach atraiu as atenções após a divulgação de gravações não autorizadas dentro do tribunal de San Isidro, onde se julgam as possíveis responsabilidades pela morte de Maradona em 2020. O astro tinha 60 anos quando morreu.

"Juíza de Deus" é um apelido criado pela imprensa local.

Sete profissionais da saúde são acusados de homicídio com dolo eventual pela morte de Maradona em 25 de novembro de 2020 devido a um edema pulmonar enquanto estava em uma internação domiciliar, se recuperando de uma cirurgia neurológica.

Caso sejam considerados culpados, a pena é de entre 8 e 25 anos de prisão.

O escândalo coloca em risco a validade das 20 audiências já realizadas e os mais de 40 depoimentos apresentados no julgamento desde 11 de março.

- "Grande operação midiática" -

Os vídeos foram divulgados no final de semana depois que os advogados da acusação denunciaram que Makintach iria participar de um documentário sobre o caso sem conhecimento das partes. O acesso das câmeras não é permitido desde a segunda audiência.

“Não há nenhuma irregularidade, crime ou falha de desempenho. O que pode haver é uma grande operação da midiática para me afastar deste debate, mas não vou me desculpar, não fiz nada irregular”, disse a juíza ao tribunal nesta terça-feira, quando as partes pediram que ela deixasse o caso.

Em vários dos trechos que foram vazados para a imprensa após uma série de buscas, Makintach se apresenta, caminha em frente à câmera e declara: "Não me imagino fazendo outra coisa (além de ser juíza)". A magistrada negou que esses vídeos façam parte de um documentário.

O promotor Patricio Ferrari a acusou de mentir. “Não consigo superar meu espanto. A Dra. Makintach mais uma vez mentiu na nossa cara”, disse ao tribunal nesta terça-feira.

“Isso foi um reality show, uma atuação permanente da Dra. Makintach, que em todos os momentos agiu como atriz e não como juíza”, acrescentou.

O promotor Mario Baudry considerou que o que aconteceu “é o pior escândalo no Poder Judiciário da província de Buenos Aires em toda a sua história”.

Fernando Burlando, representante legal de duas das filhas de Maradona (Dalma e Gianinna), havia adiantado que solicitaria o impedimento da magistrada e a abertura de um processo que poderia inabilitar Makintach como juíza.

- "Escândalo absoluto" -

O julgamento sofreu uma reviravolta em 15 de maio quando um dos advogados mencionou o impedimento de Makintach por parcialidade - apontando sua veemência ao entrevistar testemunhas - e por suspeitar de sua participação em um documentário, do qual já havia rumores desde o começo das audiências em 11 de março.

A juíza também rejeitou essas acusações. “Ninguém pode dizer que eu tenho uma inclinação na balança da Justiça em relação a qualquer uma das partes”, disse ela em sua defesa.

O pedido de impedimento, que foi objeto de recurso, foi seguido de outros dois pedidos, também dos advogados de defesa, que serão decididos nesta terça-feira.

Uma das envolvidas nas gravações disse que as imagens fazem parte de uma entrevista com a magistrada "em seu papel de juíza e mulher" e negou o projeto de um documentário, em nota apresentada ao Ministério Público, à qual a AFP teve acesso.

Adrián Tenca, doutor em direito penal da Universidade de Buenos Aires, disse à AFP que essa situação "é um escândalo absoluto porque os juízes penais ou dos juízes em geral têm que manter antes de tudo o decoro e, segundo, serem objetivos.

Makintach "deve ser destituída em um julgamento político" e o processo judicial "deve ser anulado", opinou.

A polícia realizou buscas em seis residências na quinta-feira após a denúncia apresentada pelos advogados Burlando e Baudry.

Durante o processo, a acusação questionou a internação domiciliar, as condições do local e os cuidados prestados. Um oitavo réu será julgado separadamente.

O.Meier--NZN