Zürcher Nachrichten - Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina

EUR -
AED 4.269035
AFN 80.781812
ALL 97.456094
AMD 446.576198
ANG 2.080099
AOA 1065.794205
ARS 1494.414015
AUD 1.786168
AWG 2.092071
AZN 1.980459
BAM 1.952133
BBD 2.345793
BDT 141.045021
BGN 1.956323
BHD 0.438891
BIF 3400.777093
BMD 1.162261
BND 1.491298
BOB 8.027918
BRL 6.486354
BSD 1.161817
BTN 100.019096
BWP 15.598695
BYN 3.802157
BYR 22780.325028
BZD 2.333716
CAD 1.596192
CDF 3354.287055
CHF 0.932713
CLF 0.029182
CLP 1119.862642
CNY 8.342655
CNH 8.346165
COP 4657.181754
CRC 586.298532
CUC 1.162261
CUP 30.799929
CVE 110.589638
CZK 24.634179
DJF 206.557568
DKK 7.463699
DOP 70.259163
DZD 151.496486
EGP 57.439973
ERN 17.433922
ETB 158.653194
FJD 2.621369
FKP 0.866542
GBP 0.866454
GEL 3.150183
GGP 0.866542
GHS 12.116623
GIP 0.866542
GMD 83.106172
GNF 10060.535793
GTQ 8.920242
GYD 243.073343
HKD 9.117767
HNL 30.626041
HRK 7.533319
HTG 152.54342
HUF 398.923459
IDR 18977.696027
ILS 3.902549
IMP 0.866542
INR 100.129761
IQD 1522.56254
IRR 48945.741055
ISK 142.354235
JEP 0.866542
JMD 185.790958
JOD 0.824089
JPY 172.949203
KES 150.51728
KGS 101.640213
KHR 4672.291561
KMF 491.989694
KPW 1046.077104
KRW 1616.942576
KWD 0.355234
KYD 0.968181
KZT 619.356427
LAK 25064.169244
LBP 104080.516031
LKR 350.521482
LRD 233.614962
LSL 20.595717
LTL 3.431856
LVL 0.703041
LYD 6.311522
MAD 10.521377
MDL 19.762872
MGA 5148.818764
MKD 61.444565
MMK 2439.88243
MNT 4168.596049
MOP 9.392835
MRU 46.281692
MUR 53.119698
MVR 17.903172
MWK 2018.271404
MXN 21.795313
MYR 4.935007
MZN 74.338683
NAD 20.595712
NGN 1779.387897
NIO 42.713547
NOK 11.840776
NPR 160.030354
NZD 1.948796
OMR 0.447149
PAB 1.161817
PEN 4.142886
PGK 4.804212
PHP 66.377189
PKR 331.157397
PLN 4.244708
PYG 8992.106697
QAR 4.231334
RON 5.072695
RSD 117.06767
RUB 91.265035
RWF 1670.750879
SAR 4.359791
SBD 9.64543
SCR 16.424358
SDG 697.942292
SEK 11.235354
SGD 1.492697
SHP 0.913355
SLE 26.62005
SLL 24372.046713
SOS 664.236693
SRD 43.245469
STD 24056.466061
STN 24.843339
SVC 10.165902
SYP 15112.221726
SZL 20.595702
THB 37.634455
TJS 11.182492
TMT 4.079538
TND 3.367657
TOP 2.722137
TRY 46.923174
TTD 7.887182
TWD 34.181766
TZS 3028.605902
UAH 48.520146
UGX 4163.178714
USD 1.162261
UYU 46.822036
UZS 14728.762822
VES 135.943958
VND 30404.760344
VUV 139.137302
WST 3.060577
XAF 654.732599
XAG 0.030439
XAU 0.000347
XCD 3.14107
XCG 2.093866
XDR 0.81565
XOF 654.353599
XPF 119.331742
YER 280.163552
ZAR 20.584075
ZMK 10461.752209
ZMW 26.750744
ZWL 374.247723
Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina
Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina / foto: Mauro PIMENTEL - AFP/Arquivos

Copa do Mundo de Clubes, um risco para a igualdade no futebol da América Latina

Disputar a Copa do Mundo de Clubes de 2025 terá uma polpuda recompensa econômica, mas as premiações exorbitantes podem aprofundar as desigualdades na América Latina, onde a disparidade entre as equipes grandes e pequenas já é grande.

Tamanho do texto:

A Fifa se vangloria porque o inédito super torneio, que começará no próximo sábado (14), nos Estados Unidos, com a presença de 32 clubes de todo o mundo, distribuirá "uma premiação recorde": US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhões na cotação atual).

O campeão receberá US$ 125 milhões (R$ 694,3 milhões), o equivalente a 38% do valor de mercado do elenco do Flamengo, o mais caro da América Latina, segundo o portal especializado Transfermarkt.

Nem o mais otimista, claro, aposta que o grande prêmio vai escapar das mãos de algum representante da Europa, alguns dos quais são financiados por ricos estados Árabes, como é o caso do Paris Saint-Germain e do Manchester City.

Mas a mera participação garante US$ 15,2 milhões (R$ 84,4 milhões) às equipes sul-americanas, um pouco menos do que o valor do elenco do Atlético Nacional, clube mais vitorioso da Colômbia, a quarta economia da América Latina.

Para os representantes da América do Norte, os mexicanos Pachuca, Monterrey e Cruz Azul, além do Inter Miami, do Seattle Sounders e do Los Angeles FC, o prêmio pela participação é de US$ 9,5 milhões (R$ 52,7 milhões).

A quantia é um pouco menor que o valor de transferência do jogador mais valioso do campeonato mexicano, o atacante Alexis Vega, do Toluca, segundo o Transfermarkt.

- "Recurso adicional" para investir -

As receitas dos participantes podem aumentar por cada vitória (US$ 2 milhões/R$ 11,1 milhões) ou empate (US$ 1 milhão/R$ 5,5 milhões) na fase de grupos e por casa classificação alcançada: US$ 7,5 milhões (R$ 41,6 milhões) por avançar às oitavas; US$ 13,125 milhões (aproximadamente R$ 73 milhões) às quartas, e US$ 21 milhões (R$ 116,6 milhões) à semifinal, segundo a Fifa.

O torneio "continua marcando uma lacuna de desigualdade que já existe e está se tornando cada vez maior", disse à AFP Christian Solano, autor do livro "El negocio del fútbol".

Solano destaca que, no caso sul-americano, os participantes serão os clubes tradicionalmente mais ricos, entre eles os argentinos River Plate e Boca Juniors e os brasileiros Flamengo e Palmeiras.

Brasil e Argentina, argumenta o autor, costumam dominar os torneios de clubes da região, por isso o desequilíbrio devido às novas receitas e a seus rivais terem um poder aquisitivo menor.

"São fundos importantes e também são um recurso adicional para um ano especial, que exige que esses fundos sejam investidos para disputar a competição", disse em fevereiro o presidente do River Plate, Jorge Brito, ao portal La Página Millonaria.

Para este ano, segundo a imprensa local, o River fez jus ao apelido de 'Milionário' e pagou mais de US$ 50 milhões (R$ 277,7 milhões) para repatriar jogadores campeões do mundo pela seleção argentina como Gonzalo Montiel e Germán Pezzella, entre outras contratações.

- "Internacionalizar" a marca -

Com o que for arrecadado no torneio da Fifa, os clubes latino-americanos podem investir em infraestrutura, incluindo as categorias de base, fontes milionárias de receita quando surge um novo talento.

"Como ajuda, é certamente algo muito importante, tanto no futebol como na situação financeira do clube em geral", disse recentemente à AFP o ex-atacante da seleção francesa David Trezeguet.

Uma boa campanha na Copa de Clubes ou uma estratégia de marketing bem-sucedida não só garante receitas consideráveis, mas também uma internacionalização da marca até mercados inexplorados, como o africano e o asiático.

"Se houver a oportunidade de ter um cara que vai aumentar a exposição da nossa marca, obviamente vamos tentar fazer", disse o presidente do Fluminense, Mário Bittencourt, ao jornal O Globo.

A "dança dos milhões" que vem tomando conta dos grandes clubes da Argentina e do Brasil, no entanto, pode ser uma maçã envenenada.

Várias autoridades do futebol brasileiro, incluindo treinadores e presidentes de clubes, advertiram sobre a necessidade de impor um fair play financeiro e alertaram para os valores exorbitantes de salários e passes de jogadores.

Christian Solano afirma que existe uma "bolha" que pode estourar a qualquer momento devido ao aumento constante dos preços e à possível incapacidade dos clubes de acompanhar o ritmo do mercado.

"O excesso de competição (...) vai tornar isso [as transações multimilionárias no mundo do futebol] insustentável", ressalta. "Agora, tem a Copa de Clubes, a Liga das Nações... Será que os patrocinadores terão recursos para acompanhar esse ritmo?".

T.L.Marti--NZN