Zürcher Nachrichten - Armênia e Azerbaijão, um ódio persistente

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Armênia e Azerbaijão, um ódio persistente
Armênia e Azerbaijão, um ódio persistente / foto: Joseph EID - AFP

Armênia e Azerbaijão, um ódio persistente

Há décadas, Armênia e Azerbaijão alimentam um ódio persistente um pelo outro, motivado pelo enclave de Nagorno-Karabakh, onde os separatistas armênios anunciaram, nesta quinta-feira (28), a dissolução de sua autoproclamada república no início de 2024.

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O anúncio ocorre uma semana depois da vitória de Baku em sua contraofensiva relâmpago, que provocou o êxodo de mais da metade da população armênia do enclave.

Esses são os principais pontos sobre essas duas antigas repúblicas soviéticas do Cáucaso, que já travaram duas guerras por esse pequeno território, de maioria armênia, mas reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão.

- Nagorno-Karabakh -

No cerne das relações inamistosas entre Armênia e Azerbaijão está a região montanhosa de Nagorno-Karabakh. O enclave, de maioria armênia e anexado em 1921 ao Azerbaijão pelas autoridades soviéticas, proclamou unilateralmente sua independência em 1991, com o apoio da Armênia.

A guerra entre 1988 e 1994 deixou 30.000 mortos e centenas de milhares de refugiados. Yerevan, vencedor, passou a controlar a região e áreas azeris próximas.

Em 2020, estourou um novo conflito e mais de 6.500 pessoas morreram em seis semanas de combates que terminaram com um cessar-fogo mediado pela Rússia e que resultou na devolução de grandes extensões de território por parte da Armênia.

A Rússia enviou um contingente de manutenção da paz, mas seus 2.000 soldados não conseguiram impedir os embates nem o bloqueio do enclave, imposto há meses por Baku.

- Revoltas contra a dinastia -

A Armênia, país cristão desde o século IV, tem tido uma história turbulenta desde sua independência, em 1991. Esse Estado empobrecido e montanhoso tem sido cenário de várias revoltas, repressões violentas e eleições controversas em um contexto de clientelismo e autoritarismo por parte dos diferentes mandatários que se sucederam no poder.

Na primavera de 2018, uma revolução pacífica alçou ao poder o atual primeiro-ministro, Nikol Pashinyan. O dirigente tomou medidas para democratizar as instituições e acabar com a corrupção.

Após perder o conflito de 2020, foi duramente criticado, mas acabou vencendo as eleições legislativas um ano depois. No entanto, segue sendo uma figura muito desacreditada.

O Azerbaijão, uma terra xiita às margens do mar Cáspio, é governada por uma mesma família desde 1993. Heydar Aliyev, um ex-general da KGB soviética, dirigiu o país com mãos de ferro até outubro de 2023, e passou o poder para seu filho, Ilham, semanas antes de morrer.

Como seu pai, Ilham Aliyev não permite o surgimento de nenhuma oposição, mas a vitória do Azerbaijão sobre a Armênia na guerra de Nagorno-Karabakh de 2020 impulsionou sua popularidade.

- Rússia e Turquia -

A Turquia, que possui ambições geopolíticas no Cáucaso e na região da Ásia central pós-soviética, fez do Azerbaijão, um país de fala turca rico em hidrocarbonetos, seu principal aliado na região, uma amizade encorajada por sua aversão à Armênia. Ancara apoia Baku em sua ambição de recuperar Nagorno-Karabakh.

Os armênios são hostis à Turquia por causa do genocídio de cerca de 1,5 milhão de compatriotas protagonizado pelo Império Turco-Otomano durante a Primeira Guerra Mundial. A Turquia rejeita esse termo e qualifica o ocorrido como massacres realizados pelas duas partes.

Contudo, a grande potência regional continua sendo a Rússia, que tem relações mais estreitas com a Armênia do que com o Azerbaijão, ainda que venda armas para os dois países.

Yerevan tem participado de alianças políticas, econômicas e militares dominadas por Moscou.

Mas, neste ano, vendo que a Rússia não atuava no conflito de Nagorno-Karabakh, Pashinyan se distanciou de Moscou e, em setembro, organizou manobras militares com os Estados Unidos.

- Petróleo contra a diáspora -

Graças às suas receitas oriundas do petróleo, o Azerbaijão iniciou, nos últimos anos, uma campanha para ficar conhecido em todo o mundo, sobretudo no Ocidente, para além de sua reputação de autoritarismo e nepotismo.

Desta forma, Baku investiu em patrocínios no mundo do futebol e, desde 2016, organiza um Grande Prêmio de Fórmula 1.

Em 2022, no contexto do conflito na Ucrânia, o Azerbaijão tornou-se uma alternativa para os hidrocarbonetos, ao invés da Rússia.

A Armênia, por sua vez, conta com os ativos de sua ampla e influente diáspora, herdeiros dos refugiados da repressão otomana.

A estrela mundial de reality shows Kim Kardashian, o já falecido cantor Charles Aznavour e a cantora e atriz Cher, por exemplo, têm em comum suas origens armênias.

Alguns deles assumiram o papel de embaixadores não oficiais de Yerevan.

O.Pereira--NZN