Zürcher Nachrichten - Milhares participam da Marcha do Orgulho em Budapeste, apesar da proibição de Orban

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Milhares participam da Marcha do Orgulho em Budapeste, apesar da proibição de Orban
Milhares participam da Marcha do Orgulho em Budapeste, apesar da proibição de Orban / foto: Attila KISBENEDEK - AFP

Milhares participam da Marcha do Orgulho em Budapeste, apesar da proibição de Orban

Com bandeiras do arco-íris tremulando bem alto, dezenas de milhares de pessoas começaram a participar, neste sábado (28), da Marcha do Orgulho em Budapeste, proibida pelo governo húngaro e transformada em um desafio ao primeiro-ministro ultraconservador Viktor Orban.

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Mais de 35.000 pessoas foram convocadas a participar da marcha, que este ano celebra sua 30ª edição perto da Prefeitura de Budapeste. Nas imediações, um cartaz dizia "A liberdade e o amor não podem ser proibidos".

Akos Horvath, um estudante de 18 anos, que viajou para a capital da Hungria vindo de uma cidade do sul do país, afirmou que "participar" da marcha tem "uma importância simbólica".

"Não se trata apenas de representar os gays, mas de defender os direitos do povo húngaro", disse ele à AFP.

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, quer evitar as imagens de repressão violenta e, na sexta-feira, descartou qualquer intervenção das forças de segurança. Mas ao mesmo tempo, ameaçou gays, lésbicas e transexuais com consequências legais.

Toda a Europa está de olho neste país de 9,6 milhões de habitantes. Bruxelas condenou a proibição, uma repressão inédita dos direitos LGBTQIA+ na União Europeia.

A comissária europeia da Igualdade, Hadja Lahbib, viajou a Budapeste na sexta-feira porque, segundo disse, é seu "dever" apoiar as pessoas LGBTQIA+.

Lahbib participou juntamente com organizadores e o prefeito da cidade, Gergely Karacsony, do partido ecologista, que manteve a Marcha, argumentando que um evento municipal não precisa da autorização do governo federal.

Viktoria Radvanyi, a presidente da Marcha de Budapeste, teme que a proibição provoque um efeito dominó em países como Eslováquia, Romênia e Bulgária, onde os direitos da comunidade LGBTQIA+ seguem sendo frágeis.

"Este ano, a Budapest Pride não é apenas festa, é uma tomada de posição internacional forte", afirmou.

Trinta e três países apoiaram a Marcha, mas o ministro da Justiça húngaro advertiu os diplomatas na capital que se participarem de um evento proibido terão que enfrentar as consequências.

Pelo menos 70 eurodeputados anunciaram sua presença no ato.

- "Repugnante" -

As autoridades instalaram câmeras ao longo do trajeto, equipadas com sistemas de reconhecimento facial.

O governo advertiu que as multas podem chegar a 500 euros (R$ 3,2 mil, na cotação atual) e que organizar uma marcha proibida ou convocar a participação na mesma pode ser punido com até um ano de prisão.

Vários grupos de extrema direita anunciaram contramanifestações no mesmo trajeto da Marcha do Orgulho, onde colocaram uma cruz de madeira adornada com mensagens de protesto. Estas manifestações foram autorizadas pelo governo.

Uma mulher que se identificou apenas como Katalin disse à AFP concordar com a proibição do governo, mas que esperava que não ocorram distúrbios.

"Repugnante... Virou moda isso de nos exibirmos", afirmou.

- "Intimidar as pessoas" -

Segundo o analista político Daniel Mikecz, o governo tenta "intimidar as pessoas" e não leva em conta que a proibição da marcha viola os tratados europeus assinados pela Hungria quando o país se uniu à União Europeia, em 2004.

O governo assegura que os menores não devem ser expostos à homossexualidade e à transidentidade ou ao que qualifica de "depravação".

O Executivo húngaro aprovou, em março, uma lei que proíbe marchas como as do Orgulho e também emendou a Constituição para restringir os direitos LGBTQIA+, em nome dos direitos das crianças.

"Viktor Orban está utilizando uma receita provada antes das eleições legislativas do próximo ano", em parte inspirada pelo presidente americano, Donald Trump, assegurou Mikecz.

Segundo uma pesquisa do instituto Ipsos em 26 países, publicada este mês, apenas 30% dos húngaros apoiam a ideia de que as pessoas LGBTQIA+ podem assumir sua orientação sexual ou identidade de gênero em qualquer circunstância.

Antes de Orban voltar ao poder, em 2010, a Hungria era um dos países mais progressistas da região.

A homossexualidade havia sido descriminalizada no começo da década de 1960 e a união civil entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecida em 1996.

Mas Orban foi mudando gradualmente a situação.

As marchas do Orgulho costumam ser realizadas em junho, em comemoração aos chamados distúrbios de Stonewall, ocorridos em Nova York em 28 de junho de 1969, após uma operação policial em um bar gay.

O.Krasniqi--NZN